domingo, 31 de julho de 2011

O MEDO DA FEBRE


 
         
Todas as mamães e papais têm um medo enorme de um sintoma chamado Febre.
Devemos mudar esse pensamento. A febre é um sinal de alerta. Mas não é ruim. Ela nos indica que algum agente, vírus ou bactéria, entrou no organismo da criança. Como em uma guerra, onde a luta dos invasores inimigos contra os soldados desencadeiam tiros, fogos e explosões, no organismo ocorre igual.
Quando nosso corpo é invadido, produzimos um alerta onde nosso sistema imunológico, ou seja, os soldados, lutarão com garra para que o inimigo não sobreviva.
Durante essa luta, surge a febre. Se a imunidade está boa, nosso exército consegue destruir os invasores. É o que ocorre com a criança que apresenta alguns picos febris e logo desaparecem sem o surgimento de outros sinais e sintomas clínicos.
Porém, se a criança está mais debilitada, quem vencerá a luta serão os invasores. Consequentemente, surgirão os sintomas de acordo com o local atacado.
O medo da febre surge, portanto, por causa de um quadro chamado Convulsão Febril.
Quando temos uma invasão inesperada, nossos soldados são pegos de surpresa e a febre pode aumentar de repente. Nesse caso temos uma criança saudável quando, de repente, apresenta tremores generalizados e perda da consciência. É a convulsão devido à febre, que é causada não pela febre alta, mas sim, pelo aumento repentino da temperatura.
Quando a febre está alta, em torno dos 40°C, a criança pode apresentar tremores sem perda da consciência. Não é a Convulsão Febril, mas significa que o organismo está tentando eliminar o calor.
Por isso, ninguém deve ter medo da febre. Ao contrário do que muitos fazem, indo correndo ao Pronto Socorro sem medicar a criança, no curso de uma febre, deve-se administrar antitérmico para evitar o aumento repentino da temperatura, evitando assim, uma convulsão.
Entretanto, mesmo que a criança estiver em estado geral bom (e não apresentando febre), deve-se observar quem vencerá esta luta. Entre 2 a 3 dias, se a febre persistir, é sinal de que o invasor ganhou e o pediatra deverá ser procurado.
Por isso, não tenham mais medo desse sinal clínico. Ele é apenas um alerta de que precisamos ver quem vencerá a batalha.

2 comentários:

  1. Dra. Rose

    Parabéns pelo Blog.
    Também acredito que esta ferramenta pode ser muito útil para orientação dos familiares de seus pequeninos pacientes

    Um Abraço

    Dr. Fabrício Afonso

    ResponderExcluir
  2. Dr. Fabricio
    muito obrigada por visitar meu blog. Tambem espero melhorar a orientacao dos pacientes. Caso haja algo a declarar para aumentar meus conhecimentos, por favor comente.
    Dra. Rose

    ResponderExcluir